segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PAIS E PROFESSORES: BATENDO DE FRENTE OU DE MÃOS DADAS?





 Término das aulas do dia.Saída da escola.

Mães, em pequenos grupos, conversam. Algumas estão agitadas, inquietas. Talvez irritadas com o procedimento da professora ao cobrar, tão insistentemente, a pesquisa que deveria ter sido entregue pelos alunos... e não o foi no tempo previsto.Os argumentos, todos válidos, são os mais diversos: "O tempo dado pela professora foi curto.." ou "Não havia material em casa sobre o assunto, não tive tempo de ajudá-lo... nessa semana trabalhei até tarde e... tudo deu errado!" ou ainda "Ele é muito novo, não compreende o que é pesquisar, perde-se no meio dos textos! Eu então acabo ditando ou fazendo por ele! Onde está a professora que não o orientou corretamente? "

Término das aulas do dia. Sala dos professores.

A professora, em meio aos colegas de trabalho, está inconformada. Nervosa com o procedimento daquele grupo de alunos e com o aparente descaso dos pais. Planejou com tanto carinho os passos daquele trabalho! Explicou a importância da referida pesquisa, deu-lhes quatro dias... Disse-lhes que, se não houvesse material em casa, realizassem uma pesquisa oral ou fossem à biblioteca da escola, que escrevessem os textos com suas próprias palavras, enfim, confiou em sua responsabilidade e...nada funcionou! Onde estarão essas famílias que não valorizaram as obrigações escolares?

Dois espaços: saída da escola, sala dos professores
Dois grupos: pais, profissionais da educação

Ambos cobertos de razão. Quando se analisam os argumentos expostos, isoladamente, nada a contestar. A questão não parece residir aí. Surge, então, a sábia frase de Leonardo Boff: "Todo ponto de vista é a vista de um ponto". Diz tudo, não diz? Há sempre diferentes perspectivas, motivos os mais diversos para um trabalho escolar não ocorrer como o esperado, porque todos estamos sujeitos a falhas e porque nem sempre a vida corre como esperamos, como a planejamos.

O que parece chamar atenção na situação acima é a "distância" das personagens envolvidas e sua visível contrariedade e decepção. Fala-se aqui em "distância" porque ela é real, nos dias de hoje, dentro das grandes instituições escolares. Os pais, imbuídos de seu papel, na correria do cotidiano, justificam-se e transferem a responsabilidade. Os professores, tomados pelo seu dever, com a certeza de que o melhor foi feito, sentem-se irritados e magoados.

Educar não é tarefa fácil. Que o digam pais e professores. Mas ela pode se complicar ainda mais se esses dois grupos não trabalharem unidos em favor da criança. E trabalhar unido não significa despejar inquietações à porta da escola, disseminar descontentamentos, minar confiança. Trabalhar junto, também não quer dizer expor alunos diante de colegas professores, rotular grupos. Trabalho conjunto significa propiciar reuniões de esclarecimentos pedagógicos e educacionais, ou seja, comparecimento freqüente das famílias à escola. É, também, buscar auxílio imediato, junto à orientadora, ao surgir alguma questão urgente. Quantos nós não teriam sido desatados se fossem resolvidos em seu início? De que serve discursar em tribunas distantes, quando o objetivo maior é a criança?

Educadores sabem, sejam pais ou profissionais, que há pelo menos dois motivos para se agir rápido e de forma transparente: porque as crianças percebem quando falta confiança por parte de seus pais e professores e porque tudo é mais tranqüilo e eficiente quando se age no claro, à luz do dia.Quando isso ocorre, a ausência da pesquisa não causa mágoa, mas é objeto de investigação e reflexão por parte do educador....por outro lado, a impossibilidade de realização do trabalho não irrita os pais, mas é motivo para aproximar-se dessa professora ou da orientadora para pedir esclarecimento ou auxílio. É esse lúcido e equilibrado diálogo que mostra às crianças que, embora haja pontos de vista diferentes, há consenso e crença em valores essenciais para sua educação. Não há, então, acusações, há parceria. Porque dela nasce o esforço coletivo em benefício do crescimento.

Não há escola, no mundo moderno, que realize seu trabalho de forma verdadeira, se não contar com a real parceria dos pais. Não há família que consiga o desenvolvimento integral e harmônico de seus filhos, se não depositar na instituição confiança e der sua parcela de contribuição. E para que isso ocorra, pais e professores deveriam inovar, criar um espaço único de troca, que substituísse o pátio e a sala dos professores. Batizado com um nome especial, com reuniões agendadas de comum acordo...poucas, mas que criassem vínculos, que tivessem como pauta assuntos escolhidos de acordo com a necessidade.

A MAGIA DE ESCUTAR O OUTRO


Neste começo de ano de 2012, mais do que falar, é essencial ouvir e ler o outro, nosso interlocutor, para que a vida faça, de fato, sentido.
Nosso “outro” são nossa família, nossos filhos,
amigos, vizinhos, a comunidade escolar.

Para isso, faz-se necessário ouvir, ouvir, ouvir.
É da magia do nosso silêncio e da predisposição de estarmos abertos
a quem nos cerca que a interlocução se faz.
E quem melhor do que Rubem Alves
para abrir nosso ano com essa proposta?




Escutatório

Por Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos( ...) Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus(...) Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos... (...)

É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete.

Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes.

As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem.

No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto...

AFINAL, O ALUNO É VOCÊ OU SEU FILHO?





Bem o ano escolar começou!
E seu filho, quase adolescente, inicia um novo ciclo.
Ai, ai,ai... tudo se concretiza quando os trabalhos
e as fatídicas lições de casa começam!
Com eles vêm a correria diária, as cobranças.
Difícil lidar com o tempo e com a e desorganização das crianças
diante das responsabilidades.
Algumas, mais imaturas, podem até se sentir desmotivadas.

Isso não muda. Acontece em todas as escolas e, com os mais novos, ainda em fase de adaptação a uma rotina mais sobrecarregada, essa história pode ser um verdadeiro problema! Muitas vezes, o transtorno fica maior para as famílias do que para as crianças, as verdadeiras responsáveis pelas tarefas.

Veja bem, há algo inquestionável: as crianças e os jovens, ao longo do tempo, precisam adquirir autonomia e serem autoras do processo de aprendizagem. Precisam adquirir os hábitos de estudo, persistência, compreendendo que possuem uma parte a cumprir de forma independente e responsável. Essa não é uma conquista fácil, mas ela pode se complicar ainda mais se você, como pai ou mãe, achar que pode resolver toda essa questão por seu filho, tomando o seu lugar. Ainda que você esteja repleto de boa vontade, as coisas, com frequência, não se resolvem assim.

Sim, você sempre poderá ajudar, esse é seu papel. Mas ajudar é completamente diferente de fazer por ele, monitorá-lo insistente e permanentemente, tomar as rédeas e SEMPRE procurar resolver as dificuldades junto a professores e coordenação, no lugar de seu filho.

Hummmm... mas ele é tão pequeno...

Sim, para nós, pais, os filhos são sempre pequenos. E... serão eternamente, prepare-se! Assim como o mundo escolar pode nos parecer hostil, implacável diante de certas cobranças.
Sofremos por eles, mas sofremos antes por nós mesmos, com o sentimento de culpa por, talvez, não termos o tempo necessário para melhor acompanhar tudo o que acontece em seu cotidiano. Como se pudéssemos amenizar algo, diminuir as frustrações ou eliminar as dificuldades...

Mas será que esse percurso precisa ser tão aflitivo? Será que é necessário que tenhamos as rédeas de tudo? Será que não faz parte do crescimento um pouco de dor e o sentimento de estar um pouco perdido? O caminho do crescimento não passa por um pouco de desordem? Ou, por outro lado, será que ao tentar resolver tudo não estamos tirando de nossos filhos a possibilidade real de desenvolvimento?

O papel da escola e a parte que cabe aos pais

Bem, em primeiro lugar, é fundamental que você se lembre de que seu filho está numa escola escolhida pela família, com um corpo de profissionais competentes que, com certeza, buscam trabalhar diariamente com os alunos questões referentes à organização, pontualidade e procedimentos para a realização das tarefas. Seu filho não está solto e, se estiver momentaneamente atrapalhado, haverá fios condutores para que encontre os caminhos.

Cabe ao professor não apenas a tarefa passar a lição, mas a de orientar, dizer ao aluno o que dele se espera. Pertence-lhe também a tarefa de fixação de prazos e a devida cobrança da lições. Esse é um caminho longo, com idas e vindas, com alguns contratos estabelecidos e procurando perceber as necessidades e ansiedades de cada um. É um processo gradativo, mas veja bem: nenhuma palavra tem mais força do que a do professor que possui um vínculo afetivo estabelecido com o grupo.

Essa é uma premissa importante para baixar sua ansiedade e, nos momentos mais tumultuados, servir de norte para a família. A criança está se perdendo no tempo? Não sabe os passos da pesquisa? Está confusa na tarefa de matemática? Bem....contenha seu ímpeto inicial de passar a mão no telefone direto com a coordenação e... retorne a questão a ela. Onde está a agenda? O que foi anotado? E o roteiro da pesquisa? As anotações no caderno de matemática, como estão? Faça com que seu filho perceba que ele é um ser ativo e que boa parte dessa responsabilidade é dele. Mostre o que ainda precisa ser revisto em sua postura, caso enfrente problemas. Procure fazer com que ele lhe conte um pouco do caminho feito em sala de aula...

Se isso não bastar, dê um tempo, antes de conversar com professores ou falar com a coordenação. Peça a seu filho que se dirija ao professor específico, explicitando sua real dificuldade, seja de conteúdo ou de organização. Oriente-o sobre como fazer isso. Mostre que você confia nele, está a seu lado, mas que ele é o aluno e que qualquer intervenção sua junto à escola poderá ser feita após as tentativas iniciais dele, se não forem suficientes. Mas dê-lhe a oportunidade inicial de achar caminhos para resolver a questão. Isso significa começar a aprender a caminhar com as próprias pernas.

Pai é pai

Pai é pai. Mãe é mãe. E, em casa, eles não são dentistas, médicos, engenheiros, muito menos professores. Quando imbuídos de seus papéis no seio familiar, são apenas pais. E o que significa assumir essa função em relação às tarefas escolares? É proporcionar local e material adequado ao estudo. É lembrar ao filho, dependendo da idade, que há uma lição a ser feita. É ajudá-lo a se organizar para que não se perca em sua agenda. É estipular um tempo certo e horário determinado, de preferência fixo, diário, para que a criança crie o hábito. Tempo longo? Não. Se o que está em jogo é a disciplina e a freqüência, um período curto será mais eficaz e produtivo.

Muitas vezes, esse período pode não ser suficiente. Quando isso acontece, vale investigar os motivos. Eles podem se originar numa agenda mal organizada por parte da criança. As tarefas são anotadas, mas cumpridas em cima da hora. Um desastre! Uma correria para tapar buracos.

Pode ocorrer, no entanto, um volume grande de trabalho e, nesse caso, mesmo a mais organizada das crianças, pode sentir o peso. Nesse caso, nada como procurar a escola e averiguar o que ocorre e como auxiliar.

Uma boa proposta pedagógica não pressupõe que pais sejam co-autores de trabalhos escolares. Se a escola tem como objetivo o desenvolvimento da autonomia, pais e mães precisam ter bem claro até onde chegar. Qual seu limite de ação.
Auxiliar os filhos, indicando uma fonte de pesquisa, conversando sobre um assunto, de maneira informal, é completamente diferente de sentar-se em frente ao computador e realizar a tarefa com ou pelo seu filho. Da mesma forma, passar os olhos na resolução de um problema difere de sentar-se à mesa e ensinar a técnica da divisão. Fuja disso! Mesmo porque muitas coisas são hoje ensinadas de forma totalmente diferente do que eram no passado. Não atrapalhe a cabeça de seu filho!

Lembretes que fazem a diferença

  • Seu filho não é seu aluno. Você tem uma escola com professores especializados para cumprir a função de professor.
  • Você já cursou a escola e hoje cumpre a função paterna ou materna. Não é aluno.
  • Deixe de lado a ansiedade e o desejo de cobrir tudo, a todo instante, de monitorar todos os passos de seu filho. Espere que ele lhe peça ajuda, observando seu cotidiano. Mostre-lhe que está disponível, mas que o território é dele.
  • Cuide da auto-estima de seu filho. Pais são seres “infernais” quando resolvem enxergar apenas o que falta. Na ânsia da perfeição, imbuídos de um desejo cego de fazer o melhor, podem errar a mão. Cobram tudo, absolutamente tudo. Da vírgula ao número mal traçado. Nesses momentos deixam escapar frases que, ditas com freqüência, minam a auto-estima da criança.
  • Não acredite que só porque seu filho já possui 12 ou 13 anos já tem desenvolvida a plena autonomia no que se refere às tarefas. Nessa idade, a dispersão e a falta de compromomisso se acentuam, por fatores internos, físicos, e externos. Muitas vezes, a única coisa de que necessitam é de uma ajuda com a organização para que não se percam com as datas e com o material.

Para encerrar, lembre-se sempre de que crianças e adolescentes precisam, mais do que nunca, nos tempos atuais, em que tudo lhes é dado pronto, de disciplina, com regras claras, perseverança e responsabilidade. Isso lhes será cobrado no Ensino Médio, no Ensino Superior e, posteriormente, no mundo do trabalho.
A autonomia não nasce por acaso, mas de uma série de atitudes tomadas por escola e família, em conjunto, no sentido de orientar o jovem a se lançar no mundo de forma madura e saudável. Uma dessas atitudes é, sem dúvida alguma, saber transferir gradativamente, aos nossos filhos e alunos, a responsabilidade por seus atos e, com isso, torná-los autores de seu processo de aprendizagem.

EQUIPE CARANDÁ


E atenção! Agora, uma surpresa!

Para que percebam o quanto nossos alunos já começam a se perceber autores do processo, vejam, abaixo, o material produzido pelos 7º anos, com a Professora Karla, com a finalidade de receber os alunos dos 6º anos de 2011! Eles não são o máximo?


MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA O 6º ANO


Se você chegou ao 6º ano e está se sentindo um pouco perdido, desorientado, ansioso e cheio de dúvidas, acabaram-se os seus problemas!
Nós, alunos dos 7º anos, estamos aqui para ajudá-lo!
No ano passado, já vivemos essa experiência e gostaríamos de dar algumas dicas muito importantes para que você encare todas as novidades e desafios!
A primeira delas é saber que cada professor tem o seu jeito. Com o tempo, você vai conhecê-los melhor e aprendendo a lidar com cada um.
Boa sorte!
Você vai precisar!
1) Arrume seu material no dia anterior, assim não precisa ter pressa de manhã e correr o risco de esquecer alguma coisa. Não se esqueça de ir dormir mais cedo!
2) Tome café da manhã reforçado. Assim, você se sente melhor durante as aulas.
3) Se você não é uma pessoa organizada, não tenha um armário, pois você pode se atrapalhar. Isso também vale para os treinos esportivos!
4) Sempre faça as lições de casa no dia em que são dadas, isso ajuda a rever a matéria.
5) Sempre copie o que estiver na lousa, mas antes preste muita atenção ao que o professor está explicando.
6) Não deixe a leitura dos livros e os trabalhos para a última hora.
7) Estude um pouco por dia, pois, assim, a matéria não fica acumulada na hora de estudar para as provas!
8) Na sala do Aldo, aproveite o tempo livre para adiantar as lições de casa.
9) Nos dias de treino e aulas de Educação Física, venha com a roupa apropriada ou traga uma troca de roupa. NUNCA venha de calça jeans! Não se esqueça de usar a camiseta da escola nas saídas!
10) Faça o máximo de amizades que puder. Os amigos sempre nos ajudam quando precisamos!
Se você ficar atento a todas as nossas dicas,
tenha certeza de que seu 6º será...

RIGOR E AMOROSIDADE

A árvore que o sábio vê não é a mesma que o tolo vê.

William Blake


O ano começa e, junto com ele, uma dádiva. Um presente em forma de palestra, bate-papo, troca de experiências, seja lá o nome que isso possa ter. E como tudo começou para nós, professores?

Bem... Ela chegou em seu fusquinha 69, o “Beterrabinha Voadora” (apelido dado por seus alunos); o calor abafava o final da tarde de terça-feira, segunda noite de nosso retorno ao trabalho. Estacionou o carro em frente à escola, entrou em nosso espaço de mansinho, sentou-se na sala dos professores, pediu água, sorriso aberto estampado no rosto. Os olhos brilhavam. Seria ela nossa palestrante? Falante, mas sem desejar incomodar as pessoas, parecia gostar do outro que estava à frente, embora não o conhecesse. Em sua simplicidade, perguntava nossos nomes, era toda interação.

Foi encaminhada ao salão para seu encontro com toda a equipe. E foi então que aquilo, que já parecia diferenciado, começou a se concretizar nos abraços com que antigos educadores a acolhiam em sua entrada tão singela. Abraços apertados, afeto, comunhão. Palavras de amor. Saudade, muita saudade. Nossa, a amorosidade, um dos eixos do nosso encontro, já saltava naquele momento inicial, sem se deixar aprisionar, como um pássaro livre, leve, solto? Seria possível?

Sim, o nosso encontro neste começo de ano tinha como tema Rigor e Amorosidade e foi iniciado. Aproximadamente cem educadores presentes. Alguns, ainda sem conhecer nossa palestrante, vieram prontos para algo sistematizado, racional e objetivo, talvez recheado de teorias pedagógicas ou mesmo possíveis encaminhamentos para se lidar com duas vertentes aparentemente tão antagônicas. Afinal nossa visitante tinha história, curriculum, mestra experiente com quase 50 anos de atuação na área educacional. Conhecimento teórico e prático não lhe faltava.

Mas... foi logo nos primeiros momentos que percebemos que estávamos, de fato, diante do inusitado. Não porque ela não nos falasse de educação, de conhecimento, mas porque ela parecia transformar-se nos próprios eixos a respeito dos quais iria falar. Rigor, no sentido de fortaleza. Amorosidade, no sentido do que é propenso ao amor. Transfigurava-se. Era toda força e doação. Nos gestos, no tom da voz. Na determinação.

Agigantou-se. Ao olhar o coletivo, mas sempre buscando o individual, na fala repleta de verdade, coerência e humor, nas expressões faciais que não sonegaram em momento algum o afeto, a cumplicidade, a partilha.

Agigantou-se. Optou pelo caminho da simplicidade, da experiência, do depoimento de situações vividas. Pela valorização dos educadores que lá estavam.

Agigantou-se ao nos ouvir, de forma penetrante e curiosa, com a preocupação de quem, com certeza, não estava lá com o mero intuito de transmitir um saber específico, mas de nos perceber e de desnudar-se, entregar-se à platéia, revelando sua força interior e sua postura de educadora plena.

Nos rostos dos professores havia de tudo: a curiosidade, traduzida por olhos bem abertos e atentos, a gargalhada gostosa e o sorriso cúmplice pelas histórias narradas, a perplexidade e a emoção diante do inesperado, do sentimento que transbordava nos olhos úmidos e no sorriso franco. Emoção pura na recordação de mestres e alunos. Verdade e despojamento. Entrega.

Não, não é o caso de contar aqui tudo o que foi lá exposto. O foco maior agora é outro.

Ausonia Donato, nossa convidada, esteve conosco por duas horas e meia e nos deixou um presente. Um tesouro só revelado pelos que possuem a força interior para tal e admirado por quem tem olhos para enxergar, de fato, a razão maior de educar. Um tesouro que tem como matéria-prima a generosidade.

Rubem Alves já dizia: “A diferença se encontra onde os olhos estão guardados. Se os olhos estão na Caixa de Ferramentas, nós os usamos por sua função prática. Vemos objetos, sinais luminosos. O ver se subordina ao fazer. Mas quando os olhos estão na Caixa de Brinquedos, eles se transformam em órgãos do prazer: brincam com o que veem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo”. Amorosidade.

É verdade, a função primeira da educação parece ser a de ensinar a ver. E só podemos fazer isso com nossos alunos se soubermos enxergá-los como Ausonia nos enxergou. Se formos verdadeiros, se não tivermos medo de nossos erros, se o espírito de doação nos habitar, se procurarmos em nossas crianças e adolescentes seus anseios, necessidades, carências, alegrias. Há pessoas de visão perfeita que nada veem. O ato de ver não é natural, precisa ser aprendido, é necessário conseguir ter olhos de poeta. Para alguns, significa resgatar esse saber, perdido sabe-se lá onde, quando ou por quê.

Se ser educador, de fato, é deixar marcas, é fazer a diferença na vida de nossos jovens, que marcas queremos deixar? De que forma? Que caminho pessoal e coletivo faremos? Como? Que intenção pedagógica estará por trás de nossas ações? Qual o nosso compromisso?

Ausonia Donato, com certeza, deixou sua marca num grupo de educadores que iniciam esse ano de 2012 revendo suas práticas, retomando caminhos, construindo novos saberes. A marca do rigor, quando constatamos a coerência de seu pensamento em suas ações. A marca da amorosidade, ao nos abraçar com tanto desprendimento. A marca de saber ser.

Nosso encontro, que teve um título tão sério, poderia, agora com nossos olhos na Caixa de Brinquedos, também se chamar, de acordo com as experiências contadas por Ausonia: “Se meu fusca falasse, contaria sobre minhas andanças pelo mundo, meus “causos”, descobertas e minha enorme paixão: a arte da partilha e da comunhão com o outro ”.

E não será isso a Educação?

Um brinde ao nosso novo ano que agora se inicia! Que nossa comunidade possa se olhar com visão maior de mundo, desprendimento, força interior, sempre em busca dos diferentes saberes e do acolhimento ao outro, tão essencial ao fazer pedagógico! Um brinde de agradecimento a Ausonia! Um brinde a nossa equipe, pois brindar é, segundo os dicionários, “beber à saúde de, em honra de, oferecer uma dádiva, um presente a, conceder, dar” ! Tim tim!

PEDAGOGIA DA AMOROSIDADE: UMA POÉTICA DA EXISTÊNCIA NA FIGURA DO EDUCADOR...


Solange
EDUCADORA AMOROSA E COMPROMETIDA COM A PROFISSÃO
Pedagogia da Amorosidade: uma poética da existência na figura do educador como elemento essencial para aprendizagem


Autora: Solange Gomes da Fonseca


O artigo defende a amorosidade na aprendizagem, através do educador amigo, onde as ações educativas possibilitam laços de amizade entre educadores e educandos. O processo de ensino/aprendizagem não se traduz apenas como vinculo cognitivo, mas, sobretudo, afetivo.

A educação constitui-se em prioridade para assegurar a cidadania de crianças, adolescentes, adultos e idosos, mediante o acesso e a permanência com sucesso em espaços educativos, traduzido por Freire (1992), como Pedagogia da Amorosidade.

O diálogo, a esperança, o respeito à autonomia e solidariedade apresentada por Freire é antes de tudo, uma atitude perante a vida, a educação e o conhecimento.

É neste sentido, que a Pedagogia da Amorosidade, aqui apresentada nos aponta para a reflexão sobre o carinho e o amor do educador, tendo como mediador a pratica educativa dialógica de Paulo Freire e, nos leva há três questões que norteiam as nossas reflexões:

1) O vínculo de amorosidade e da dialogicidade ente os educadores e os educandos proporcionam o aumento da auto-estima dos educandos;

2) As relações intersubjetivas que envolvem a afetividade fortalecendo os educandos e educadores, laços de solidariedade, confiança, amizade e esperança;

3) Os vínculos de amorosidade estabelecidos na prática pedagógica entre educadores e educandos interferem no ensino/aprendizagem e na motivação dos mesmos em permanecerem nas ações educativas.

A prática educativa vivida pelos sujeitos no processo pedagógico é permeada de afetividades como vínculos geradores de laços de solidariedade que fomentam o projeto de vida e de educação dos educandos, assim como, o processo de humanização nos espaços educativos e também fora deles.

Freire (1993, p.57-59), considera a amorosidade uma qualidade indispensável aos educadores no processo de ensinar. Amorosidade que se afirma no “direito de lutar, de denunciar e de anunciar”. Uma vez que, a amorosidade esta associada à coragem de lutar e denunciar as injustiças sociais, a tolerância de conviver com o diferente e, aprendendo com o diferente a respeitar o diferente e a dialogar com o diferente.

Assim, a amorosidade esta poeticamente, embutida na existência da figura do educador como elemento essencial de todo o processo de aprendizagem, de modo facilitador. Construindo fatores pedagógicos motivadores de aprendizagem ao contrário da humilhação, da punição e do castigo da educação tradicional.

A maneira como nos sentimos e nos relacionamos interfere no modo como ensinamos e no quanto aprendemos. Assim, não se pode ignorar a dimensão de amorosidade para a melhoria do aprendizado do educando.

A aprendizagem ao longo da vida é tema presente na contemporaneidade como desafio a educação no novo milênio. De modo que, é preciso sentir e pensar uma poética da existência humana, na figura do educador, aqui proposta como um esboço de uma Pedagogia da Amorosidade, como tema psicossocioeducativo.

Mesclando e fomentando novos desejos as melhorias qualitativas de aprendizagem no constante caminhar desses educandos, esbarramos sempre a amorosidade dentro do processo educativo.

O ato de ser educador não aprenas se resume ao simples fato de ensinar, mas, ser educador é acender a luz que guiará os passos de um ser humano por toda sua infância, adolescência até a fase adulta. Somente, esta luz pode guiar um ser por entre as ciladas e adversidades, que o mundo apresenta.

Em minha opinião esta é uma profissão iluminada e, eu particularmente, devo minha escolha ao amor, carinho e diálogo franco de alguns educadores que passaram por minha caminhada, onde me espelhei e tracei o retrato do educador amoroso e comprometido com a profissão. (a foto da ilustração justifica esse parágrafo).

A afinidade entre o educador e o educando acaba facilitando o ensino e melhora o processo de aprendizagem, gerando uma amizade que dura, além do período escolar.

Cultivar amizade e ter uma relação mais próxima com os educandos é uma das formas que o educador encontra para trabalhar os valores humanos. Sem contar que, esse vinculo amoroso entre os laços constrói um porto seguro dentro da escola.

É necessário que haja uma consciência madura da parte do educador, onde ele perceba que é mais que um transmissor de conhecimentos. Ele é o companheiro na caminhada de cada educando. Pois, é ele quem mantem a motivação, propõe desafios e anima quando o cansaço e as dificuldades aparecem; driblando com sua experiência a falta de estrutura e materiais. Tendo sempre como meta que, mais do que ensinar, o melhor é ser um amigo.

A visão positivista o mundo, das pessoas, das idéias e da educação permanecem enraizadas fortemente em nossa cultura ocidental, que vai fragmentando e limitando a pessoa e supervaloriza a razão sobre a emoção.

Pensar em qualquer uma das dimensões constituídas do ser é pensar nas pessoas humanas em sua totalidade: seres que aprendem, através das “relações plurais”, nas trocas, nas interações entre educador/educando/contexto, que juntos vão aprendendo a ter uma relação horizontal, afetiva, dialógica, problematizadora, reflexiva e transformadora.

O saber do educador vai se interligando ao saber dos educandos nos processos de trocas que vão sendo estabelecidas no decorrer da práxi educativa, através de uma relação mediadora estabelecida com o diálogo e a amorosidade.

Somente, quando se estabelece uma relação de simpatia amorosa entre educador e educando, aceitando-se um ao outro na sua individualidade é que se pode dizer que existe de fato dialogo, ou seja, amor entre eles. Nessa relação amorosa e, ao mesmo tempo, respeitosa é que se estabelece a aprendizagem, onde ambos interagem e se complementam, por meio de uma atividade dialógica, não com as mesmas idéias e posições, mas respeitando e enriquecendo o dialogo a partir da diversidade de pensamentos, sentimentos, sonhos, esperanças e trajetórias que os caracterizam como amigos.

A afetividade, a amorosidade, a amizade, a dialogicidade perpassam toda relação pedagógica, uma vez que, sua razão de ser são seres humanos em processo de humanização. No entanto, não há diálogo se não houver um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronuncia do mundo que, é um ato de criação e recriação se não há amor que o funda. Seno fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo.

Por tudo isso escrito, na Pedagogia da Amorosidade há uma poética existencial da figura do educador, que toca a alma como dimensões humanas inseparáveis do processo educativo, onde amorosidade, afetividade e o diálogo estão imbricados diretamente em com o outro.

O processo educativo deve, sim, ser conduzido com rigorosidade, com competência técnico cientifico , sem que com isso sejam banidos do processo pedagógico os laços afetivos, interpessoais, dialógicos, pois eles precisam ser resgatados, buscando transcender a mera transmissão mecânica e bancaria dos conhecimentos e gerar uma aprendizagem de fato significativa e amorosa entre educador/educando que, vão se descobrindo como seres humanos e, que estão aprendendo a ser mais na inteireza dos seus corpos conscientes.

Neste sentido, ser um profissional afetivo e amoroso que, compreende a realidade de seus educandos, que abraça, acolhe, dá carinho, não exime o educador de desenvolver seu trabalho com envolvimento, competência, comprometimento, seriedade e compromisso com as praticas educacionais.

Ao contrario, é essa amorosidade, esse “que-fazer” que vai fortalecendo e contribuindo para que o processo de ensino/aprendizagem e, o desenvolvimento da inteligência vá sendo enriquecedor.

Em razão, ao texto escrito do artigo apresentado é que o concluo com um ‘pensar’ na Pedagogia da Amorosidade, numa exigência de se pensar em propósitos e desafios para uma sociedade que desejamos construir.

É pensar numa Pedagogia da Amorosidade, como uma poética existente na figura humana do educador e num olhar amigo do educador para uma aprendizagem com fortes elementos essenciais, enfrentando os obstáculos, como oportunidade de construir inéditos viáveis. E, esses inéditos viáveis podem ser construídos a partir do comprometimento com a prática educativa, da formação continuada, das experiências vivenciadas na escola, aonde todos vão as buscas de um mundo melhor, mais humano, com mais amorosidade para todos, numa verdadeira construção de Paz.

O amor é uma tarefa do sujeito. Ele é uma intercomunicação intima de duas consciências que se respeitam. Não há educação sem amor.

A partir dessa compreensão aplicada na Pedagogia da Amorosidade todos serão autores de suas historias fundadas na autonomia, na amorosidade e na esperança, anunciando a construção da Paz e da possibilidade de transformação do Mundo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

VOCÊ PRECISA SER SURDO PARA ENTENDER...



Como é "ouvir" uma mão?
Você precisa ser surdo para entender!
O que é ser uma pequena criança
na escola, numa sala sem som
com um professor que fala, fala e fala
e, então
quando ele vem perto de você
ele espera que você saiba o que ele disse?
Você precisa ser surdo para entender!
Ou o professor que pensa
que para torná-lo inteligente
você deve, primeiro, aprender
como falar com sua voz
assim
colocando as mãos no seu rosto
por horas e horas
sem paciência ou fim
até sair algo indistinto
assemelhado ao som?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser curioso
na ânsia por conhecimento próprio
com um desejo interno
que está em chamas
e você pede a um irmão, irmã e amigo
que respondendo lhe diz:
"Não importa"?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar de castigo num canto
embora não tenha feio
realmente
nada de errado
a não ser tentar fazer uso das mãos
para comunicar a um colega silencioso
um pensamento que vem, de repente, a sua mente?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter alguém a gritar
pensando que irá ajudá-lo a ouvir
ou não entender as palavras
de um amigo que está tentando
tornar a piada mais clara
e você não pega o fio da meada
porque ele falhou?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é quando riem na sua face
quando você tenta repetir o que foi dito
somente para estar seguro que você entendeu
e você descobre que as palavras foram mal entendidas?
E você quer gritar alto:
" Por favor, me ajude, amigo!
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter que depender de alguém
que pode ouvir
para telefonar a um amigo
ou marcar um encontro de negócios
e ser forçado a repetir o que é pessoal
e, então, descobrir que seu recado
não foi bem transmitido?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser surdo e sozinho
em companhia dos que podem ouvir
e você somente tenta adivinhar
pois não há ninguém lá com uma mão ajudadora
enquanto você tenta acompanhar
as palavras e a musica?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar na estrada da vida
encontrar com um estranho que abre a sua boca
e fala alto uma frase a passos rápidos
e você não pode entendê-lo e olhar seu rosto
porque é difícil
e você não o acompanha?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é compreender alguns dados ligeiros
que descrevem a cena
e fazem você sorrir
e sentir-se sereno com
a "palavra falada' de mão em movimento
que torna você parte deste mundo tão amplo?

Willerd e Madsen
Disponível em: http://in-percepcoes.blogspot.com
Acesso em 14/02/2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

COMO A ESCOLA PODE RESGATAR VALORES

PROJETO: COMO A ESCOLA PODE RESGATAR VALORES

Justificativa:
A criança brasileira infelizmente não tem recebido uma atenção especial como consta no estatuto da criança e do adolescente.A realidade é que nossas crianças estão recebendo todo tipo de informação que não condizem com a sua inocência.A mídia televisiva coloca na frente das crianças uma programação cheia de sensualidade e violência, ensinando os maus costumes. A escola ao contrário, busca resgatar os valores cívicos, morais, espirituais e os princípios básicos de cidadania.Certamente, cremos que o que hoje estamos semeando na vida de nossas crianças colheremos delas amanhã.

Objetivos: que a escola possa resgatar na criança certos valores como:

• COLABORAÇÃO – “QUER UMA MÃOZINHA”?• CONVIVÊNCIA _ “ COM LICENÇA?”
• ATENÇÃO _ “ FALOU COMIGO?”• HONESTIDADE _ “NÃO FUI EU.”
• RESPEITO _ “E EU COM ISSO?”• NUTRIÇÃO _ “VERDURA? NÃO!”
• RESPONSABILIDADE _ “ DEIXA QUE EU FAÇO!”• GENEROSIDADE _ “ É MEU, NÃO EMPRESTO!”
CONTEUDOS CONCEITUAIS
• Pensar sobre o que significa colaborar com as pessoas.
• Perceber hábitos importantes da vida cotidiana, que vão ajuda-lo a ser uma pessoa agradável com os outros.
• Convidar a criança a pensar sobre a importância de estar sempre atento.
• fazer com que a criança assuma responsabilidades, sem ter medo , fazendo-a pensar sobre o que significa ser honesto.
• Fazer com que a criança preste atenção nas regras de convivência, fazendo-a pensar sobre o respeito que você tem pelos outros e por si mesmo.
• mostrar à criança a importância de se ter bons hábitos alimentares, convidando-a pensar sobre o que significa alimentar-se bem.
• que a criança perceba que em uma série de situações da vida real, é importante se tornar uma pessoa responsável, para que as pessoas possam ter confiança nela.
• que a criança aprenda o que significa compartilhar as coisas, de forma prazerosa, e saiba sinceramente o que significa ser generoso.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS:
• Durante a leitura do livro com as crianças, fazer pausas para comentar e discutir os tópicos levantados no texto.
• Questionar, perguntar como se sentem, provocar a empatia.
• Dramatizar situações com a criança, pedir que as crianças contem experiências que já tiveram com o tema escolhido.
• Pesquisar com pais, amigos, o que sentiram em certas situações.
• Pedir que as crianças representem sentimentos e situações através de textos, e desenhos.
• Levar a criança a refletir, ajudando-a a pensar.
• Proporcionar jogos, colocando em prática situações propícias à reflexões.

CONTEÚDOS ATITUDINAIS
• Que a criança colabore em casa ou na escola, por si mesmas, adquirindo responsabilidade.
• Que a criança se sinta incentivada a aceitar o desafio de ampliar cada vez mais sua capacidade de ser responsável, fazendo mais e melhor aquilo a que se dedica, assumindo seus papéis de filhos, estudantes colegas, amigos , vizinhos.
• Que a criança saiba valorizar a alimentação percebendo a importância de uma alimentação balanceada para uma vida saudável.
• Que a criança comece a perceber que as normas devem ser respeitadas por causa de sua finalidade, isto é, por aquilo que as motiva.
• Que a criança perceba a importância do auto-respeito e a necessidade da exigência de respeito para consigo mesmo.
• Que a criança perceba que mentir pode ter importância maior ou menor, dependendo da situação, do motivo, da conseqüência.
• Que as crianças percebam que as boas-maneiras são muito importante para garantir um convívio agradável e respeitoso para todos.
• Que a criança trabalhe e brinque junto com os colegas , percebendo que a colaboração beneficia a todos que convivem num mesmo ambiente.
• Que a criança possa perceber que prestando atenção no que os adultos dizem, elas aprendem regras básicas, e também atitudes necessárias para garantir sua própria segurança.
• Que possa ser um agente transmissor e multiplicador de valores , tanto com a família . quanto com os amigos.
ÁREA DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO.
Correspondência• Seqüência de figuras• Idéia de quantidade
• Classificação• Dominó ( fotocopiar as figuras dos livros)
• Bingo de palavras ou figuras.• Estatísticas ( resultados da pesquisa)
ÁREA DO CONHECIMENTO LÍNGUA PORTUGUESA:
ORAL:
• Utilização adequada da linguagem oral.• Recontar estórias.
• Relatar experiências vividas.• Crachá.• Explicação dos temas, questionamentos.
• Conversas • Criação de estórias.• Dramatizações. Pesquisas.
ESCRITA:
• Elaboração de textos espontâneos. Aproximação da escrita.• Crachás.
• Atividades no caderno: ditados, caça – palavras, diagramas, ligar palavras, desenhos.
ÁREA DAS ARTES VISUAIS:
Trabalhar as regras na prática em atividades sociais como :
• Modelagem. • Recorte e colagem.• Jogos.
• Brincadeiras.• Rotina diária.• Cartazes.
ÁREA DO MOVIMENTO:
• Jogos. Danças. Brincadeiras
Tudo que se possa aplicar as regras observadas, proporcionando colocar em prática os temas do projeto.
ÁREA MUSICAL:
• Músicas que possam se adequar aos temas.
ÁREA DE NATUREZA:
• Mudança de hábitos.• Vídeos instrutivos.• Pesquisas .
• Montagens de painéis. (desenhos, ou os resultados da própria pesquisa).
ÁREA DE SOCIEDADE:
• Construção de regras.• Fatos do dia-a-dia( jornais, rádio, tv,.)
ÁREA DE IDENTIDADE E AUTONOMIA:
• Expressar desejos, desagrados, necessidades, preferências, vontades,,,
• Respeito e valorização de seu grupo de amigos, família e de outros grupos.
• Valorização do diálogo como forma de lidar com os conflitos.

VIVER COM AS FLORES


Mestre, como faço para não me aborrecer, com as pessoas?Algumas falam demais, falam de nossa vida, gostam de fazer intriga, fofoca, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Fico magoado com as que são mentirosas."Sofro com as que caluniam".
- "Pois viva como as flores!", advertiu o mestre. - "Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo. - "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. "Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.
Autor Desconhecido
VOCÊ MERECE ESTAR AQUI...
Siga tranquilamente, entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre PAZ no silêncio.Tanto quanto possível, sem humilhar-se, mantenha-se em bons termos com todas as pessoas.
Fale a sua VERDADE, mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois também eles, têm a sua própria história. Evite as pessoas escandalosas e agressivas. Elas afligem o nosso espírito. Se você comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. Desfrute as suas realizações bem como os seus planos.Mantenha-se INTERESSADO em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real, na fortuna cambiante do tempo.Tenha cautela nos negócios porque o mundo está cheio de astúcia; mas não se torne um cético, porque a VIRTUDE existirá sempre. Muita gente luta por altos ideais e, em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.SEJA VOCÊ MESMO. Principalmente, não simule afeição, nem seja descrente no amor, porque, mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas também seja compreensivo aos arroubos inovadores da juventude. Alimente a força do espírito, que o protegerá no infortúnio inesperado e não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. E, a despeito de uma disciplina rigorosa, SEJA GENTIL CONSIGO MESMO.
Você é filho da natureza, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Portanto, esteja em PAZ com DEUS como quer que você o conceba, e quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na desorientada confusão da vida, mantenha-se em PAZ com sua própria ALMA.Apesar de todas as falsidades, de todas as fadigas e desencantos,
O MUNDO AINDA É BONITO .SEJA PRUDENTE
FAÇA TUDO PARA SER FELIZ VOCE MERECE ESTAR AQUI!

Escutar é talvez o mais bonito presente que nós podemos fazer a alguém. É lhe dizer: você é importante para mim, você é interessante, eu estou feliz que você esteja aqui... Escutar é começar por se calar... Você notou como os diálogos estão repletos de expressão desse gênero: “É, como eu, quando...” ou “Bem, isso me lembra o que me aconteceu...”Escutar é começar a reter seu pequeno cinema interior, seu monólogo transportável, para se deixar transformar pelo outro. É aceitar que o outro entre em nós, como se ele entrasse em nossa casa e ali se instalasse um instante, sentando-se em nossa poltrona e tomando-a à vontade

Escutar é verdadeiramente abandonar o que nos ocupa para dar todo o nosso tempo ao outro. É como um passeio com um amigo: caminhar em seu passo, próximo mas sem incomodar, deixar-se conduzir por ele, parar com ele, continuar, tudo por nada, a não ser por ele.Escutar não é procurar responder ao outro, sabendo que ele tem em si mesmo as respostas às suas próprias questões. É recusar-se a pensar pelo outro, dar-lhe conselhos e mesmo querer compreendê-lo.

Escutar, é acolher o outro com um reconhecimento tal que ele se defina a si mesmo, sem o substituir para dizer-lhe o que ele deve ser. É estar aberto positivamente a todas as idéias, todos os assuntos, todas as experiências, todas as soluções, sem interpretar, sem julgar, deixando ao outro o tempo e o espaço para encontrar o caminho que é seu. Escutar não é querer que alguém seja como este ou aquele, é aprender a descobrir nele suas qualidades específicas. Estar atento a qualquer um que sofra não é dar uma solução ou uma explicação ao seu sofrimento, é permitir-lhe dizê-lo e encontrar ele mesmo seu próprio caminho para libertar-se.
Aprender a Escutar alguém é o exercício mais útil que nós podemos fazer para nos libertamos de nossos próprios interesses. Escutar é dar ao outro o que talvez não nos foi ainda jamais dado: de aceitação, de tempo, de uma presença afetuosa.É aprendendo a escutar os outros que nós chegaremos a nos escutar: nosso corpo e todas as nossas emoções. É o caminho para aprender a escutar a terra e a vida. É se tornar poeta. É dizer, sentir o coração e ver a alma das coisas. Aquele que sabe escutar doando-se não vive mais na superfície. Ele comunica a vibração interior de todo vivente. Então escute o que teu (tua)filho(a)tem para lhe dizer a todo instante.

COMO A ESCOLA PODE RESGATAR VALORES

PROJETO: COMO A ESCOLA PODE RESGATAR VALORES

Justificativa:
A criança brasileira infelizmente não tem recebido uma atenção especial como consta no estatuto da criança e do adolescente.A realidade é que nossas crianças estão recebendo todo tipo de informação que não condizem com a sua inocência.A mídia televisiva coloca na frente das crianças uma programação cheia de sensualidade e violência, ensinando os maus costumes. A escola ao contrário, busca resgatar os valores cívicos, morais, espirituais e os princípios básicos de cidadania.Certamente, cremos que o que hoje estamos semeando na vida de nossas crianças colheremos delas amanhã.

Objetivos: que a escola possa resgatar na criança certos valores como:

• COLABORAÇÃO – “QUER UMA MÃOZINHA”?• CONVIVÊNCIA _ “ COM LICENÇA?”
• ATENÇÃO _ “ FALOU COMIGO?”• HONESTIDADE _ “NÃO FUI EU.”
• RESPEITO _ “E EU COM ISSO?”• NUTRIÇÃO _ “VERDURA? NÃO!”
• RESPONSABILIDADE _ “ DEIXA QUE EU FAÇO!”• GENEROSIDADE _ “ É MEU, NÃO EMPRESTO!”
CONTEUDOS CONCEITUAIS
• Pensar sobre o que significa colaborar com as pessoas.
• Perceber hábitos importantes da vida cotidiana, que vão ajuda-lo a ser uma pessoa agradável com os outros.
• Convidar a criança a pensar sobre a importância de estar sempre atento.
• fazer com que a criança assuma responsabilidades, sem ter medo , fazendo-a pensar sobre o que significa ser honesto.
• Fazer com que a criança preste atenção nas regras de convivência, fazendo-a pensar sobre o respeito que você tem pelos outros e por si mesmo.
• mostrar à criança a importância de se ter bons hábitos alimentares, convidando-a pensar sobre o que significa alimentar-se bem.
• que a criança perceba que em uma série de situações da vida real, é importante se tornar uma pessoa responsável, para que as pessoas possam ter confiança nela.
• que a criança aprenda o que significa compartilhar as coisas, de forma prazerosa, e saiba sinceramente o que significa ser generoso.
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS:
• Durante a leitura do livro com as crianças, fazer pausas para comentar e discutir os tópicos levantados no texto.
• Questionar, perguntar como se sentem, provocar a empatia.
• Dramatizar situações com a criança, pedir que as crianças contem experiências que já tiveram com o tema escolhido.
• Pesquisar com pais, amigos, o que sentiram em certas situações.
• Pedir que as crianças representem sentimentos e situações através de textos, e desenhos.
• Levar a criança a refletir, ajudando-a a pensar.
• Proporcionar jogos, colocando em prática situações propícias à reflexões.

CONTEÚDOS ATITUDINAIS
• Que a criança colabore em casa ou na escola, por si mesmas, adquirindo responsabilidade.
• Que a criança se sinta incentivada a aceitar o desafio de ampliar cada vez mais sua capacidade de ser responsável, fazendo mais e melhor aquilo a que se dedica, assumindo seus papéis de filhos, estudantes colegas, amigos , vizinhos.
• Que a criança saiba valorizar a alimentação percebendo a importância de uma alimentação balanceada para uma vida saudável.
• Que a criança comece a perceber que as normas devem ser respeitadas por causa de sua finalidade, isto é, por aquilo que as motiva.
• Que a criança perceba a importância do auto-respeito e a necessidade da exigência de respeito para consigo mesmo.
• Que a criança perceba que mentir pode ter importância maior ou menor, dependendo da situação, do motivo, da conseqüência.
• Que as crianças percebam que as boas-maneiras são muito importante para garantir um convívio agradável e respeitoso para todos.
• Que a criança trabalhe e brinque junto com os colegas , percebendo que a colaboração beneficia a todos que convivem num mesmo ambiente.
• Que a criança possa perceber que prestando atenção no que os adultos dizem, elas aprendem regras básicas, e também atitudes necessárias para garantir sua própria segurança.
• Que possa ser um agente transmissor e multiplicador de valores , tanto com a família . quanto com os amigos.
ÁREA DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO.
Correspondência• Seqüência de figuras• Idéia de quantidade
• Classificação• Dominó ( fotocopiar as figuras dos livros)
• Bingo de palavras ou figuras.• Estatísticas ( resultados da pesquisa)
ÁREA DO CONHECIMENTO LÍNGUA PORTUGUESA:
ORAL:
• Utilização adequada da linguagem oral.• Recontar estórias.
• Relatar experiências vividas.• Crachá.• Explicação dos temas, questionamentos.
• Conversas • Criação de estórias.• Dramatizações. Pesquisas.
ESCRITA:
• Elaboração de textos espontâneos. Aproximação da escrita.• Crachás.
• Atividades no caderno: ditados, caça – palavras, diagramas, ligar palavras, desenhos.
ÁREA DAS ARTES VISUAIS:
Trabalhar as regras na prática em atividades sociais como :
• Modelagem. • Recorte e colagem.• Jogos.
• Brincadeiras.• Rotina diária.• Cartazes.
ÁREA DO MOVIMENTO:
• Jogos. Danças. Brincadeiras
Tudo que se possa aplicar as regras observadas, proporcionando colocar em prática os temas do projeto.
ÁREA MUSICAL:
• Músicas que possam se adequar aos temas.
ÁREA DE NATUREZA:
• Mudança de hábitos.• Vídeos instrutivos.• Pesquisas .
• Montagens de painéis. (desenhos, ou os resultados da própria pesquisa).
ÁREA DE SOCIEDADE:
• Construção de regras.• Fatos do dia-a-dia( jornais, rádio, tv,.)
ÁREA DE IDENTIDADE E AUTONOMIA:
• Expressar desejos, desagrados, necessidades, preferências, vontades,,,
• Respeito e valorização de seu grupo de amigos, família e de outros grupos.
• Valorização do diálogo como forma de lidar com os conflitos.

VIVER COM AS FLORES


Mestre, como faço para não me aborrecer, com as pessoas?Algumas falam demais, falam de nossa vida, gostam de fazer intriga, fofoca, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Fico magoado com as que são mentirosas."Sofro com as que caluniam".
- "Pois viva como as flores!", advertiu o mestre. - "Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo. - "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. "Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.
Autor Desconhecido
VOCÊ MERECE ESTAR AQUI...
Siga tranquilamente, entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre PAZ no silêncio.Tanto quanto possível, sem humilhar-se, mantenha-se em bons termos com todas as pessoas.
Fale a sua VERDADE, mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois também eles, têm a sua própria história. Evite as pessoas escandalosas e agressivas. Elas afligem o nosso espírito. Se você comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. Desfrute as suas realizações bem como os seus planos.Mantenha-se INTERESSADO em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real, na fortuna cambiante do tempo.Tenha cautela nos negócios porque o mundo está cheio de astúcia; mas não se torne um cético, porque a VIRTUDE existirá sempre. Muita gente luta por altos ideais e, em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.SEJA VOCÊ MESMO. Principalmente, não simule afeição, nem seja descrente no amor, porque, mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas também seja compreensivo aos arroubos inovadores da juventude. Alimente a força do espírito, que o protegerá no infortúnio inesperado e não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. E, a despeito de uma disciplina rigorosa, SEJA GENTIL CONSIGO MESMO.
Você é filho da natureza, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Portanto, esteja em PAZ com DEUS como quer que você o conceba, e quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na desorientada confusão da vida, mantenha-se em PAZ com sua própria ALMA.Apesar de todas as falsidades, de todas as fadigas e desencantos,
O MUNDO AINDA É BONITO .SEJA PRUDENTE
FAÇA TUDO PARA SER FELIZ VOCE MERECE ESTAR AQUI!

Escutar é talvez o mais bonito presente que nós podemos fazer a alguém. É lhe dizer: você é importante para mim, você é interessante, eu estou feliz que você esteja aqui... Escutar é começar por se calar... Você notou como os diálogos estão repletos de expressão desse gênero: “É, como eu, quando...” ou “Bem, isso me lembra o que me aconteceu...”Escutar é começar a reter seu pequeno cinema interior, seu monólogo transportável, para se deixar transformar pelo outro. É aceitar que o outro entre em nós, como se ele entrasse em nossa casa e ali se instalasse um instante, sentando-se em nossa poltrona e tomando-a à vontade

Escutar é verdadeiramente abandonar o que nos ocupa para dar todo o nosso tempo ao outro. É como um passeio com um amigo: caminhar em seu passo, próximo mas sem incomodar, deixar-se conduzir por ele, parar com ele, continuar, tudo por nada, a não ser por ele.Escutar não é procurar responder ao outro, sabendo que ele tem em si mesmo as respostas às suas próprias questões. É recusar-se a pensar pelo outro, dar-lhe conselhos e mesmo querer compreendê-lo.

Escutar, é acolher o outro com um reconhecimento tal que ele se defina a si mesmo, sem o substituir para dizer-lhe o que ele deve ser. É estar aberto positivamente a todas as idéias, todos os assuntos, todas as experiências, todas as soluções, sem interpretar, sem julgar, deixando ao outro o tempo e o espaço para encontrar o caminho que é seu. Escutar não é querer que alguém seja como este ou aquele, é aprender a descobrir nele suas qualidades específicas. Estar atento a qualquer um que sofra não é dar uma solução ou uma explicação ao seu sofrimento, é permitir-lhe dizê-lo e encontrar ele mesmo seu próprio caminho para libertar-se.
Aprender a Escutar alguém é o exercício mais útil que nós podemos fazer para nos libertamos de nossos próprios interesses. Escutar é dar ao outro o que talvez não nos foi ainda jamais dado: de aceitação, de tempo, de uma presença afetuosa.É aprendendo a escutar os outros que nós chegaremos a nos escutar: nosso corpo e todas as nossas emoções. É o caminho para aprender a escutar a terra e a vida. É se tornar poeta. É dizer, sentir o coração e ver a alma das coisas. Aquele que sabe escutar doando-se não vive mais na superfície. Ele comunica a vibração interior de todo vivente. Então escute o que teu (tua)filho(a)tem para lhe dizer a todo instante.