Bem o ano escolar começou! 
E seu filho, quase adolescente, inicia um novo ciclo.
Ai, ai,ai... tudo se concretiza quando os trabalhos 
e as fatídicas lições de casa começam! 
Com eles vêm a correria diária, as cobranças. 
Difícil lidar com o tempo e com a e desorganização  das crianças 
diante das responsabilidades. 
Algumas, mais imaturas, podem até se sentir desmotivadas.
Isso  não muda. Acontece em todas as escolas e, com os mais novos, ainda em  fase de adaptação a uma rotina mais sobrecarregada, essa história pode  ser um verdadeiro problema! Muitas vezes, o transtorno fica maior para  as famílias do que para as crianças, as verdadeiras responsáveis pelas  tarefas.
Veja  bem, há algo inquestionável: as crianças e os jovens, ao longo do  tempo, precisam adquirir autonomia e serem autoras do processo de  aprendizagem. Precisam adquirir os hábitos de estudo, persistência,  compreendendo que possuem uma parte a cumprir de forma independente e  responsável.  Essa não é uma conquista fácil, mas  ela pode se complicar ainda mais se você, como pai ou mãe, achar que  pode resolver toda essa questão por seu filho, tomando o seu lugar.  Ainda que você esteja repleto de boa vontade, as coisas, com frequência,  não se resolvem assim.
Sim,  você sempre poderá ajudar, esse é seu papel. Mas ajudar é completamente  diferente de fazer por ele, monitorá-lo insistente e permanentemente,  tomar as rédeas e SEMPRE procurar resolver as dificuldades junto a  professores e coordenação, no lugar de seu filho. 
Hummmm... mas ele é tão pequeno...
Sim,  para nós, pais, os filhos são sempre pequenos. E... serão eternamente,  prepare-se! Assim como o mundo escolar pode nos parecer hostil,  implacável diante de certas cobranças.
Sofremos  por eles, mas sofremos antes por nós mesmos, com o sentimento de culpa  por, talvez, não termos o tempo necessário para melhor acompanhar tudo o  que acontece em seu cotidiano. Como se pudéssemos amenizar algo,  diminuir as frustrações ou eliminar as dificuldades... 
Mas  será que esse percurso precisa ser tão aflitivo? Será que é necessário  que tenhamos as rédeas de tudo? Será que não faz parte do crescimento um  pouco de dor e o sentimento de estar um pouco perdido? O caminho do  crescimento não passa por um pouco de desordem? Ou, por outro lado, será  que ao tentar resolver tudo não estamos tirando de nossos filhos a  possibilidade real de desenvolvimento?
O papel da escola e a parte que cabe aos pais
Bem,  em primeiro lugar, é fundamental que você se lembre de que seu filho  está numa escola escolhida pela família, com um corpo de profissionais  competentes que, com certeza, buscam trabalhar diariamente com os alunos  questões referentes à organização, pontualidade e procedimentos para a  realização das tarefas.  Seu filho não está solto e, se estiver momentaneamente atrapalhado, haverá fios condutores para que encontre os caminhos.
Cabe  ao professor não apenas a tarefa passar a lição, mas a de orientar,  dizer ao aluno o que dele se espera. Pertence-lhe também a tarefa de  fixação de prazos e a devida cobrança da lições. Esse é um caminho  longo, com idas e vindas, com alguns contratos estabelecidos e  procurando perceber as necessidades e ansiedades de cada um. É um  processo gradativo, mas veja bem: nenhuma palavra tem mais força do que a  do professor que possui um vínculo afetivo estabelecido com o grupo.
Essa  é uma premissa importante para baixar sua ansiedade e, nos momentos  mais tumultuados, servir de norte para a família. A criança está se  perdendo no tempo? Não sabe os passos da pesquisa? Está confusa na  tarefa de matemática? Bem....contenha seu ímpeto inicial de passar a mão  no telefone direto com a coordenação e... retorne a questão a ela. Onde  está a agenda? O que foi anotado? E o roteiro da pesquisa? As anotações  no caderno de matemática, como estão? Faça com que seu filho perceba  que ele é um ser ativo e que boa parte dessa responsabilidade é dele.  Mostre o que ainda precisa ser revisto em sua postura, caso enfrente  problemas. Procure fazer com que ele lhe conte um pouco do caminho feito  em sala de aula...
Se  isso não bastar, dê um tempo, antes de conversar com professores ou  falar com a coordenação. Peça a seu filho que se dirija ao professor  específico, explicitando sua real dificuldade, seja de conteúdo ou de  organização. Oriente-o sobre como fazer isso. Mostre que você confia  nele, está a seu lado, mas que ele é o aluno e que  qualquer intervenção sua junto à escola poderá ser feita após as  tentativas iniciais dele, se não forem suficientes. Mas dê-lhe a  oportunidade inicial de achar caminhos para resolver a questão. Isso  significa começar a aprender a caminhar com as próprias pernas.
Pai é pai
Pai  é pai. Mãe é mãe. E, em casa, eles não são dentistas, médicos,  engenheiros, muito menos professores. Quando imbuídos de seus papéis no  seio familiar, são apenas pais. E o que significa assumir essa função em  relação às tarefas escolares? É proporcionar local e material adequado  ao estudo. É lembrar ao filho, dependendo da idade, que há uma lição a  ser feita. É ajudá-lo a se organizar para que não se perca em sua  agenda. É estipular um tempo certo e horário determinado, de preferência  fixo, diário, para que a criança crie o hábito. Tempo longo? Não. Se o  que está em jogo é a disciplina e a freqüência, um período curto será  mais eficaz e produtivo.
Muitas  vezes, esse período pode não ser suficiente. Quando isso acontece, vale  investigar os motivos. Eles podem se originar numa agenda mal  organizada por parte da criança. As tarefas são anotadas, mas cumpridas  em cima da hora. Um desastre! Uma correria para tapar buracos.
Pode  ocorrer, no entanto, um volume grande de trabalho e, nesse caso, mesmo a  mais organizada das crianças, pode sentir o peso. Nesse caso, nada como  procurar a escola e averiguar o que ocorre e como auxiliar.
Uma  boa proposta pedagógica não pressupõe que pais sejam co-autores de  trabalhos escolares. Se a escola tem como objetivo o desenvolvimento da  autonomia, pais e mães precisam ter bem claro até onde chegar. Qual seu  limite de ação. 
Auxiliar  os filhos, indicando uma fonte de pesquisa, conversando sobre um  assunto, de maneira informal, é completamente diferente de sentar-se em  frente ao computador e realizar a tarefa com ou pelo seu filho. Da mesma  forma, passar os olhos na resolução de um problema difere de sentar-se à  mesa e ensinar a técnica da divisão. Fuja disso! Mesmo porque muitas  coisas são hoje ensinadas de forma totalmente diferente do que eram no  passado. Não atrapalhe a cabeça de seu filho!
Lembretes que fazem a diferença
- Seu filho não é seu aluno. Você tem uma escola com professores especializados para cumprir a função de professor.
- Você já cursou a escola e hoje cumpre a função paterna ou materna. Não é aluno.
- Deixe de lado a ansiedade e o desejo de cobrir tudo, a todo instante, de monitorar todos os passos de seu filho. Espere que ele lhe peça ajuda, observando seu cotidiano. Mostre-lhe que está disponível, mas que o território é dele.
- Cuide da auto-estima de seu filho. Pais são seres “infernais” quando resolvem enxergar apenas o que falta. Na ânsia da perfeição, imbuídos de um desejo cego de fazer o melhor, podem errar a mão. Cobram tudo, absolutamente tudo. Da vírgula ao número mal traçado. Nesses momentos deixam escapar frases que, ditas com freqüência, minam a auto-estima da criança.
- Não acredite que só porque seu filho já possui 12 ou 13 anos já tem desenvolvida a plena autonomia no que se refere às tarefas. Nessa idade, a dispersão e a falta de compromomisso se acentuam, por fatores internos, físicos, e externos. Muitas vezes, a única coisa de que necessitam é de uma ajuda com a organização para que não se percam com as datas e com o material.
Para  encerrar, lembre-se sempre de que crianças e adolescentes precisam,  mais do que nunca, nos tempos atuais, em que tudo lhes é dado pronto, de  disciplina, com regras claras, perseverança e responsabilidade. Isso  lhes será cobrado no Ensino Médio, no Ensino Superior e, posteriormente,  no mundo do trabalho.  
A  autonomia não nasce por acaso, mas de uma série de atitudes tomadas por  escola e família, em conjunto, no sentido de orientar o jovem a se  lançar no mundo de forma madura e saudável. Uma dessas atitudes é, sem  dúvida alguma, saber transferir gradativamente, aos nossos filhos e  alunos, a responsabilidade por seus atos e, com isso, torná-los autores  de seu processo de aprendizagem.
EQUIPE CARANDÁ
E atenção! Agora, uma surpresa!
Para que percebam o quanto nossos alunos já começam a se perceber autores do processo, vejam,  abaixo, o material produzido pelos 7º anos, com a Professora Karla, com  a finalidade de receber os alunos dos 6º anos de 2011! Eles não são o  máximo?
MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA O 6º ANO
Se  você chegou ao 6º ano e está se sentindo um pouco perdido,  desorientado, ansioso e cheio de dúvidas, acabaram-se os seus problemas!
Nós, alunos dos 7º anos, estamos aqui para ajudá-lo!
No  ano passado, já vivemos essa experiência e gostaríamos de dar algumas  dicas muito importantes para que você encare todas as novidades e  desafios!
A  primeira delas é saber que cada professor tem o seu jeito. Com o tempo,  você vai conhecê-los melhor e aprendendo a lidar com cada um. 
Boa sorte! 
 Você vai precisar!
1)  Arrume seu material no dia anterior, assim não precisa ter pressa de  manhã e correr o risco de esquecer alguma coisa. Não se esqueça de ir  dormir mais cedo!
2) Tome café da manhã reforçado. Assim, você se sente melhor durante as aulas.
3)  Se você não é uma pessoa organizada, não tenha um armário, pois você  pode se atrapalhar. Isso também vale para os treinos esportivos!
4) Sempre faça as lições de casa no dia em que são dadas, isso ajuda a rever a matéria.
5) Sempre copie o que estiver na lousa, mas antes preste muita atenção ao que o professor está explicando.
6) Não deixe a leitura dos livros e os trabalhos para a última hora.
7) Estude um pouco por dia, pois, assim, a matéria não fica acumulada na hora de estudar para as provas!
8) Na sala do Aldo, aproveite o tempo livre para adiantar as lições de casa.
9)  Nos dias de treino e aulas de Educação Física, venha com a roupa  apropriada ou traga uma troca de roupa. NUNCA venha de calça jeans! Não  se esqueça de usar a camiseta da escola nas saídas!
10) Faça o máximo de amizades que puder. Os amigos sempre nos ajudam quando precisamos!
Se você ficar atento a todas as nossas dicas, 
tenha certeza de que seu 6º será...
tenha certeza de que seu 6º será...
 



 
 
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