Um dos Grandes Desafios de Nossa Época
A vida humana inicia-se em um ambiente delimitado, escuro, porém, acolhedor: o útero. A relação com o espaço físico intensifica-se no nascimento, e é no primeiro ano de vida, a partir da vivência gradual do movimento corporal do próprio bebê e dos entornos apresentados a ele, como roupas, berço, carrinho, colo dos pais, chão, contatos, brinquedos, sons, etc, que a criança percebe os primeiros limites.
E já no início da vida de uma criança, nós, pais, começamos a nos deparar com os primeiros desafios e as primeiras perguntas.
Como criar espaços aconchegantes, seguros, delimitados, na medida certa para cada fase do desenvolvimento das crianças? Como aprender a tornar estes espaços flexíveis e sutilmente ir alargando-os, sem perder seus necessários contornos?
Assim como os limites físicos do espaço, do ambiente, que aconchegam a criança no seu crescimento, podem trazer segurança, calma, entender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida, também pode trazer confiança e tranqüilidade a ela. O primeiro ambiente, o primeiro “berço” da criança é a própria mãe, o segundo sua casa e assim, no decorrer de seu crescimento, outros entornos vão se formando. Qual a qualidade dos “ambientes”, que estamos oferecendo hoje em dia para as crianças? Esta pergunta é fundamental para compreendermos as crianças de hoje e refletirmos sobre a questão dos limites.
Colocar limites é trabalhoso, principalmente quando estamos cansados ou ocupados. Parece ser muito mais fácil deixar a criança fazer o que quiser. Porém, acreditamos que estabelecer ritmo e disciplina amorosa em um lar, nos convida a sermos constantes e coerentes nas regras que propomos: “o que não pode, não pode mesmo”. Portanto, uma boa educação sempre vem acompanhada de uma auto-educação.Estabelecer limites é apresentar para as crianças com firmeza e clareza, as regras da casa. Quando falamos para a criança, por exemplo: “eu só deixo você assistir TV se você fizer a lição primeiro”, ou, “coma tudo, que depois eu compro aquele brinquedo”, será que estamos colocando limites, ou deixando que a criança, já, desde cedo, imponha vontades e impulsos estimulados por um mundo externo a ela?
Ao dizer “não”, muitas vezes tememos que nossos filhos deixem de nos amar, criem uma mágoa pela raiva provocada no momento, ou, muitas vezes, nos culpamos pelo pouco tempo que com eles ficamos e aí acabamos permitindo mais do que realmente gostaríamos. Mas o que acontece é exatamente o contrário: a criança precisa e nos pede por limites o tempo todo, a questão é percebermos isso. Mesmo quando ela nos desafia, nos pede insistentemente coisas para comprar ou fazer, a sensação que, muitas vezes, nos dá é que, se não atendermos estes pedidos, a insistência, o desafio ou a malcriação não terão fim.
E aí, o que geralmente acontece? Cedemos, compramos, aceitamos. E depois, a mesma cena mais uma vez acontece, e vai num crescendo até que chegamos num ponto, que parece não termos mais força de dizer um não, de colocar um limite.
Entendemos que o grande desafio para nós, pais e educadores, é justamente entender e perceber que estes insistentes apelos, muitas vezes travestidos de exigências, podem ser, na verdade, “pedidos” ou “lembranças” que as crianças, inconscientemente fazem, para que nós, adultos, percebamos certas carências em relação a elas. Por exemplo, às vezes, muitos pedidos de alimentos sem nutrientes nenhum, é um lembrete “cuide melhor de minha alimentação”, ou quando elas “aprontam”, pode ser “olhem, estou aqui, cuidem de mim, passeiem comigo, brinquem comigo, vocês quase não ficam comigo” etc. etc.
O desafio não é pequeno! Mas, tenham certeza, que a partir do momento em que a criança for sentindo que os limites, na verdade, lhe dão segurança, auto-confiança e responsabilidade, desenvolverá no decorrer de sua vida, uma enorme gratidão, amor e respeito pela vida e por aqueles que a educaram!
E já no início da vida de uma criança, nós, pais, começamos a nos deparar com os primeiros desafios e as primeiras perguntas.
Como criar espaços aconchegantes, seguros, delimitados, na medida certa para cada fase do desenvolvimento das crianças? Como aprender a tornar estes espaços flexíveis e sutilmente ir alargando-os, sem perder seus necessários contornos?
Assim como os limites físicos do espaço, do ambiente, que aconchegam a criança no seu crescimento, podem trazer segurança, calma, entender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida, também pode trazer confiança e tranqüilidade a ela. O primeiro ambiente, o primeiro “berço” da criança é a própria mãe, o segundo sua casa e assim, no decorrer de seu crescimento, outros entornos vão se formando. Qual a qualidade dos “ambientes”, que estamos oferecendo hoje em dia para as crianças? Esta pergunta é fundamental para compreendermos as crianças de hoje e refletirmos sobre a questão dos limites.
Colocar limites é trabalhoso, principalmente quando estamos cansados ou ocupados. Parece ser muito mais fácil deixar a criança fazer o que quiser. Porém, acreditamos que estabelecer ritmo e disciplina amorosa em um lar, nos convida a sermos constantes e coerentes nas regras que propomos: “o que não pode, não pode mesmo”. Portanto, uma boa educação sempre vem acompanhada de uma auto-educação.Estabelecer limites é apresentar para as crianças com firmeza e clareza, as regras da casa. Quando falamos para a criança, por exemplo: “eu só deixo você assistir TV se você fizer a lição primeiro”, ou, “coma tudo, que depois eu compro aquele brinquedo”, será que estamos colocando limites, ou deixando que a criança, já, desde cedo, imponha vontades e impulsos estimulados por um mundo externo a ela?
Ao dizer “não”, muitas vezes tememos que nossos filhos deixem de nos amar, criem uma mágoa pela raiva provocada no momento, ou, muitas vezes, nos culpamos pelo pouco tempo que com eles ficamos e aí acabamos permitindo mais do que realmente gostaríamos. Mas o que acontece é exatamente o contrário: a criança precisa e nos pede por limites o tempo todo, a questão é percebermos isso. Mesmo quando ela nos desafia, nos pede insistentemente coisas para comprar ou fazer, a sensação que, muitas vezes, nos dá é que, se não atendermos estes pedidos, a insistência, o desafio ou a malcriação não terão fim.
E aí, o que geralmente acontece? Cedemos, compramos, aceitamos. E depois, a mesma cena mais uma vez acontece, e vai num crescendo até que chegamos num ponto, que parece não termos mais força de dizer um não, de colocar um limite.
Entendemos que o grande desafio para nós, pais e educadores, é justamente entender e perceber que estes insistentes apelos, muitas vezes travestidos de exigências, podem ser, na verdade, “pedidos” ou “lembranças” que as crianças, inconscientemente fazem, para que nós, adultos, percebamos certas carências em relação a elas. Por exemplo, às vezes, muitos pedidos de alimentos sem nutrientes nenhum, é um lembrete “cuide melhor de minha alimentação”, ou quando elas “aprontam”, pode ser “olhem, estou aqui, cuidem de mim, passeiem comigo, brinquem comigo, vocês quase não ficam comigo” etc. etc.
O desafio não é pequeno! Mas, tenham certeza, que a partir do momento em que a criança for sentindo que os limites, na verdade, lhe dão segurança, auto-confiança e responsabilidade, desenvolverá no decorrer de sua vida, uma enorme gratidão, amor e respeito pela vida e por aqueles que a educaram!
CRISTINA FLORENTINO psicóloga e pedagoga curativa) e REGINA LAPADULA (profª do Maternal da Escola Veredas)
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