sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CRIANÇAS SEM LIMITES

Antigamente as crianças tinham mais liberdade para brincar, pois não havia tantos perigos como nos dias de hoje. Os filhos eram mais obedientes, pediam benção aos pais, ao contrário dos dias atuais. Hoje, tratam os pais com desrespeito, falta-lhes educação ao falar, raramente usam palavras como “por favor”, “com licença” e “obrigado”. A tecnologia e a mídia têm mostrado aos adolescentes uma educação totalmente inversa à que tivemos no passado; o mundo evoluiu, mas mesmo assim as crianças de antes cresceram e continuam tendo respeito pelos pais e pelas pessoas ao seu redor.

Nos dias de hoje, surgiram invenções tecnológicas de todos os tipos, como computadores, brinquedos eletrônicos, vídeo games e tantos outros. Com isso as crianças têm de tudo, ou quase tudo, mas devemos analisar: será que isso está fazendo bem ou mal? Será que estamos proporcionando tudo para suprir nossa ausência? Será que como pais, não estamos conseguindo impor os limites que se fazem necessários para o desenvolvimento saudável de nossos filhos?

Estamos em um momento difícil, uma época em que ambos os pais precisam trabalhar e passam a maior parte do dia fora de casa, mas nem por isso podemos nos ausentar de nossas obrigações como educadores, pois o resultado disso é crianças que vivem desafiando tanto a autoridade de seus pais quanto de professores, e de quem os intimide, ofendendo, gritando, acreditando ter direito a tudo que este mundo oferece, o que muitas vezes reflete sua necessidade de chamar a atenção para si mesmos.

Neste confuso universo, não se chega a um consenso sobre quem tem razão, ou quem é o culpado. Brigas, agressões verbais e até mesmo físicas, tornam-se o cenário inicial de lares que acabam em ruínas, causando separações e aumentando ainda mais a dificuldade em educa-los, já que acabam passando um final de semana com o pai e o outro com a mãe.

Não é fácil conseguir a solução desse dilema, mas não é batendo ou espancando os filhos que se resolverá, e sim com diálogos e participação ativa do casal na vida deles, estruturando assim uma rotina, onde sempre há conhecimento das suas companhias, locais que frequentam e anseios. Longe de caracterizar invasão de privacidade, é apenas uma vigilância necessária.

É preciso ganhar, no dia a dia, a confiança deles, dando abertura para seus questionamentos, para que assim, cresçam e possam tornar-se grandes pessoas no futuro, formando novos e estruturados lares. Com tal base, diminuem-se muito as chances de fracasso familiar.

Assim sendo, se você, pai, mãe ou mesmo filhos, estiverem passando por algum momento difícil, analise sua situação, não procure culpados, procure uma maneira de resolverem tudo juntos. Como dito acima, o mundo em que vivemos colabora para essas dificuldades e problemas, mas com união e amor pode-se sim ter uma família abençoada, do mesmo modo que eu, que escrevo, hoje conquistei.

Tenho paz, união e muitas alegrias em meu lar; construímos dia a dia uma harmoniosa convivência, inclusive buscando sempre saber mais sobre como manter minha família no meio da evoluinte, conquistadora e precipitada humanidade do mundo moderno.

Roberto Nunes

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