EDUCADORA AMOROSA E COMPROMETIDA COM A PROFISSÃO
Pedagogia da Amorosidade: uma poética da existência na figura do educador como elemento essencial para aprendizagem
Autora: Solange Gomes da Fonseca
O artigo defende a amorosidade na aprendizagem, através do educador amigo, onde as ações educativas possibilitam laços de amizade entre educadores e educandos. O processo de ensino/aprendizagem não se traduz apenas como vinculo cognitivo, mas, sobretudo, afetivo.
A educação constitui-se em prioridade para assegurar a cidadania de crianças, adolescentes, adultos e idosos, mediante o acesso e a permanência com sucesso em espaços educativos, traduzido por Freire (1992), como Pedagogia da Amorosidade.
O diálogo, a esperança, o respeito à autonomia e solidariedade apresentada por Freire é antes de tudo, uma atitude perante a vida, a educação e o conhecimento.
É neste sentido, que a Pedagogia da Amorosidade, aqui apresentada nos aponta para a reflexão sobre o carinho e o amor do educador, tendo como mediador a pratica educativa dialógica de Paulo Freire e, nos leva há três questões que norteiam as nossas reflexões:
1) O vínculo de amorosidade e da dialogicidade ente os educadores e os educandos proporcionam o aumento da auto-estima dos educandos;
2) As relações intersubjetivas que envolvem a afetividade fortalecendo os educandos e educadores, laços de solidariedade, confiança, amizade e esperança;
3) Os vínculos de amorosidade estabelecidos na prática pedagógica entre educadores e educandos interferem no ensino/aprendizagem e na motivação dos mesmos em permanecerem nas ações educativas.
A prática educativa vivida pelos sujeitos no processo pedagógico é permeada de afetividades como vínculos geradores de laços de solidariedade que fomentam o projeto de vida e de educação dos educandos, assim como, o processo de humanização nos espaços educativos e também fora deles.
Freire (1993, p.57-59), considera a amorosidade uma qualidade indispensável aos educadores no processo de ensinar. Amorosidade que se afirma no “direito de lutar, de denunciar e de anunciar”. Uma vez que, a amorosidade esta associada à coragem de lutar e denunciar as injustiças sociais, a tolerância de conviver com o diferente e, aprendendo com o diferente a respeitar o diferente e a dialogar com o diferente.
Assim, a amorosidade esta poeticamente, embutida na existência da figura do educador como elemento essencial de todo o processo de aprendizagem, de modo facilitador. Construindo fatores pedagógicos motivadores de aprendizagem ao contrário da humilhação, da punição e do castigo da educação tradicional.
A maneira como nos sentimos e nos relacionamos interfere no modo como ensinamos e no quanto aprendemos. Assim, não se pode ignorar a dimensão de amorosidade para a melhoria do aprendizado do educando.
A aprendizagem ao longo da vida é tema presente na contemporaneidade como desafio a educação no novo milênio. De modo que, é preciso sentir e pensar uma poética da existência humana, na figura do educador, aqui proposta como um esboço de uma Pedagogia da Amorosidade, como tema psicossocioeducativo.
Mesclando e fomentando novos desejos as melhorias qualitativas de aprendizagem no constante caminhar desses educandos, esbarramos sempre a amorosidade dentro do processo educativo.
O ato de ser educador não aprenas se resume ao simples fato de ensinar, mas, ser educador é acender a luz que guiará os passos de um ser humano por toda sua infância, adolescência até a fase adulta. Somente, esta luz pode guiar um ser por entre as ciladas e adversidades, que o mundo apresenta.
Em minha opinião esta é uma profissão iluminada e, eu particularmente, devo minha escolha ao amor, carinho e diálogo franco de alguns educadores que passaram por minha caminhada, onde me espelhei e tracei o retrato do educador amoroso e comprometido com a profissão. (a foto da ilustração justifica esse parágrafo).
A afinidade entre o educador e o educando acaba facilitando o ensino e melhora o processo de aprendizagem, gerando uma amizade que dura, além do período escolar.
Cultivar amizade e ter uma relação mais próxima com os educandos é uma das formas que o educador encontra para trabalhar os valores humanos. Sem contar que, esse vinculo amoroso entre os laços constrói um porto seguro dentro da escola.
É necessário que haja uma consciência madura da parte do educador, onde ele perceba que é mais que um transmissor de conhecimentos. Ele é o companheiro na caminhada de cada educando. Pois, é ele quem mantem a motivação, propõe desafios e anima quando o cansaço e as dificuldades aparecem; driblando com sua experiência a falta de estrutura e materiais. Tendo sempre como meta que, mais do que ensinar, o melhor é ser um amigo.
A visão positivista o mundo, das pessoas, das idéias e da educação permanecem enraizadas fortemente em nossa cultura ocidental, que vai fragmentando e limitando a pessoa e supervaloriza a razão sobre a emoção.
Pensar em qualquer uma das dimensões constituídas do ser é pensar nas pessoas humanas em sua totalidade: seres que aprendem, através das “relações plurais”, nas trocas, nas interações entre educador/educando/contexto, que juntos vão aprendendo a ter uma relação horizontal, afetiva, dialógica, problematizadora, reflexiva e transformadora.
O saber do educador vai se interligando ao saber dos educandos nos processos de trocas que vão sendo estabelecidas no decorrer da práxi educativa, através de uma relação mediadora estabelecida com o diálogo e a amorosidade.
Somente, quando se estabelece uma relação de simpatia amorosa entre educador e educando, aceitando-se um ao outro na sua individualidade é que se pode dizer que existe de fato dialogo, ou seja, amor entre eles. Nessa relação amorosa e, ao mesmo tempo, respeitosa é que se estabelece a aprendizagem, onde ambos interagem e se complementam, por meio de uma atividade dialógica, não com as mesmas idéias e posições, mas respeitando e enriquecendo o dialogo a partir da diversidade de pensamentos, sentimentos, sonhos, esperanças e trajetórias que os caracterizam como amigos.
A afetividade, a amorosidade, a amizade, a dialogicidade perpassam toda relação pedagógica, uma vez que, sua razão de ser são seres humanos em processo de humanização. No entanto, não há diálogo se não houver um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronuncia do mundo que, é um ato de criação e recriação se não há amor que o funda. Seno fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo.
Por tudo isso escrito, na Pedagogia da Amorosidade há uma poética existencial da figura do educador, que toca a alma como dimensões humanas inseparáveis do processo educativo, onde amorosidade, afetividade e o diálogo estão imbricados diretamente em com o outro.
O processo educativo deve, sim, ser conduzido com rigorosidade, com competência técnico cientifico , sem que com isso sejam banidos do processo pedagógico os laços afetivos, interpessoais, dialógicos, pois eles precisam ser resgatados, buscando transcender a mera transmissão mecânica e bancaria dos conhecimentos e gerar uma aprendizagem de fato significativa e amorosa entre educador/educando que, vão se descobrindo como seres humanos e, que estão aprendendo a ser mais na inteireza dos seus corpos conscientes.
Neste sentido, ser um profissional afetivo e amoroso que, compreende a realidade de seus educandos, que abraça, acolhe, dá carinho, não exime o educador de desenvolver seu trabalho com envolvimento, competência, comprometimento, seriedade e compromisso com as praticas educacionais.
Ao contrario, é essa amorosidade, esse “que-fazer” que vai fortalecendo e contribuindo para que o processo de ensino/aprendizagem e, o desenvolvimento da inteligência vá sendo enriquecedor.
Em razão, ao texto escrito do artigo apresentado é que o concluo com um ‘pensar’ na Pedagogia da Amorosidade, numa exigência de se pensar em propósitos e desafios para uma sociedade que desejamos construir.
É pensar numa Pedagogia da Amorosidade, como uma poética existente na figura humana do educador e num olhar amigo do educador para uma aprendizagem com fortes elementos essenciais, enfrentando os obstáculos, como oportunidade de construir inéditos viáveis. E, esses inéditos viáveis podem ser construídos a partir do comprometimento com a prática educativa, da formação continuada, das experiências vivenciadas na escola, aonde todos vão as buscas de um mundo melhor, mais humano, com mais amorosidade para todos, numa verdadeira construção de Paz.
O amor é uma tarefa do sujeito. Ele é uma intercomunicação intima de duas consciências que se respeitam. Não há educação sem amor.
A partir dessa compreensão aplicada na Pedagogia da Amorosidade todos serão autores de suas historias fundadas na autonomia, na amorosidade e na esperança, anunciando a construção da Paz e da possibilidade de transformação do Mundo.
Autora: Solange Gomes da Fonseca
O artigo defende a amorosidade na aprendizagem, através do educador amigo, onde as ações educativas possibilitam laços de amizade entre educadores e educandos. O processo de ensino/aprendizagem não se traduz apenas como vinculo cognitivo, mas, sobretudo, afetivo.
A educação constitui-se em prioridade para assegurar a cidadania de crianças, adolescentes, adultos e idosos, mediante o acesso e a permanência com sucesso em espaços educativos, traduzido por Freire (1992), como Pedagogia da Amorosidade.
O diálogo, a esperança, o respeito à autonomia e solidariedade apresentada por Freire é antes de tudo, uma atitude perante a vida, a educação e o conhecimento.
É neste sentido, que a Pedagogia da Amorosidade, aqui apresentada nos aponta para a reflexão sobre o carinho e o amor do educador, tendo como mediador a pratica educativa dialógica de Paulo Freire e, nos leva há três questões que norteiam as nossas reflexões:
1) O vínculo de amorosidade e da dialogicidade ente os educadores e os educandos proporcionam o aumento da auto-estima dos educandos;
2) As relações intersubjetivas que envolvem a afetividade fortalecendo os educandos e educadores, laços de solidariedade, confiança, amizade e esperança;
3) Os vínculos de amorosidade estabelecidos na prática pedagógica entre educadores e educandos interferem no ensino/aprendizagem e na motivação dos mesmos em permanecerem nas ações educativas.
A prática educativa vivida pelos sujeitos no processo pedagógico é permeada de afetividades como vínculos geradores de laços de solidariedade que fomentam o projeto de vida e de educação dos educandos, assim como, o processo de humanização nos espaços educativos e também fora deles.
Freire (1993, p.57-59), considera a amorosidade uma qualidade indispensável aos educadores no processo de ensinar. Amorosidade que se afirma no “direito de lutar, de denunciar e de anunciar”. Uma vez que, a amorosidade esta associada à coragem de lutar e denunciar as injustiças sociais, a tolerância de conviver com o diferente e, aprendendo com o diferente a respeitar o diferente e a dialogar com o diferente.
Assim, a amorosidade esta poeticamente, embutida na existência da figura do educador como elemento essencial de todo o processo de aprendizagem, de modo facilitador. Construindo fatores pedagógicos motivadores de aprendizagem ao contrário da humilhação, da punição e do castigo da educação tradicional.
A maneira como nos sentimos e nos relacionamos interfere no modo como ensinamos e no quanto aprendemos. Assim, não se pode ignorar a dimensão de amorosidade para a melhoria do aprendizado do educando.
A aprendizagem ao longo da vida é tema presente na contemporaneidade como desafio a educação no novo milênio. De modo que, é preciso sentir e pensar uma poética da existência humana, na figura do educador, aqui proposta como um esboço de uma Pedagogia da Amorosidade, como tema psicossocioeducativo.
Mesclando e fomentando novos desejos as melhorias qualitativas de aprendizagem no constante caminhar desses educandos, esbarramos sempre a amorosidade dentro do processo educativo.
O ato de ser educador não aprenas se resume ao simples fato de ensinar, mas, ser educador é acender a luz que guiará os passos de um ser humano por toda sua infância, adolescência até a fase adulta. Somente, esta luz pode guiar um ser por entre as ciladas e adversidades, que o mundo apresenta.
Em minha opinião esta é uma profissão iluminada e, eu particularmente, devo minha escolha ao amor, carinho e diálogo franco de alguns educadores que passaram por minha caminhada, onde me espelhei e tracei o retrato do educador amoroso e comprometido com a profissão. (a foto da ilustração justifica esse parágrafo).
A afinidade entre o educador e o educando acaba facilitando o ensino e melhora o processo de aprendizagem, gerando uma amizade que dura, além do período escolar.
Cultivar amizade e ter uma relação mais próxima com os educandos é uma das formas que o educador encontra para trabalhar os valores humanos. Sem contar que, esse vinculo amoroso entre os laços constrói um porto seguro dentro da escola.
É necessário que haja uma consciência madura da parte do educador, onde ele perceba que é mais que um transmissor de conhecimentos. Ele é o companheiro na caminhada de cada educando. Pois, é ele quem mantem a motivação, propõe desafios e anima quando o cansaço e as dificuldades aparecem; driblando com sua experiência a falta de estrutura e materiais. Tendo sempre como meta que, mais do que ensinar, o melhor é ser um amigo.
A visão positivista o mundo, das pessoas, das idéias e da educação permanecem enraizadas fortemente em nossa cultura ocidental, que vai fragmentando e limitando a pessoa e supervaloriza a razão sobre a emoção.
Pensar em qualquer uma das dimensões constituídas do ser é pensar nas pessoas humanas em sua totalidade: seres que aprendem, através das “relações plurais”, nas trocas, nas interações entre educador/educando/contexto, que juntos vão aprendendo a ter uma relação horizontal, afetiva, dialógica, problematizadora, reflexiva e transformadora.
O saber do educador vai se interligando ao saber dos educandos nos processos de trocas que vão sendo estabelecidas no decorrer da práxi educativa, através de uma relação mediadora estabelecida com o diálogo e a amorosidade.
Somente, quando se estabelece uma relação de simpatia amorosa entre educador e educando, aceitando-se um ao outro na sua individualidade é que se pode dizer que existe de fato dialogo, ou seja, amor entre eles. Nessa relação amorosa e, ao mesmo tempo, respeitosa é que se estabelece a aprendizagem, onde ambos interagem e se complementam, por meio de uma atividade dialógica, não com as mesmas idéias e posições, mas respeitando e enriquecendo o dialogo a partir da diversidade de pensamentos, sentimentos, sonhos, esperanças e trajetórias que os caracterizam como amigos.
A afetividade, a amorosidade, a amizade, a dialogicidade perpassam toda relação pedagógica, uma vez que, sua razão de ser são seres humanos em processo de humanização. No entanto, não há diálogo se não houver um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronuncia do mundo que, é um ato de criação e recriação se não há amor que o funda. Seno fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo.
Por tudo isso escrito, na Pedagogia da Amorosidade há uma poética existencial da figura do educador, que toca a alma como dimensões humanas inseparáveis do processo educativo, onde amorosidade, afetividade e o diálogo estão imbricados diretamente em com o outro.
O processo educativo deve, sim, ser conduzido com rigorosidade, com competência técnico cientifico , sem que com isso sejam banidos do processo pedagógico os laços afetivos, interpessoais, dialógicos, pois eles precisam ser resgatados, buscando transcender a mera transmissão mecânica e bancaria dos conhecimentos e gerar uma aprendizagem de fato significativa e amorosa entre educador/educando que, vão se descobrindo como seres humanos e, que estão aprendendo a ser mais na inteireza dos seus corpos conscientes.
Neste sentido, ser um profissional afetivo e amoroso que, compreende a realidade de seus educandos, que abraça, acolhe, dá carinho, não exime o educador de desenvolver seu trabalho com envolvimento, competência, comprometimento, seriedade e compromisso com as praticas educacionais.
Ao contrario, é essa amorosidade, esse “que-fazer” que vai fortalecendo e contribuindo para que o processo de ensino/aprendizagem e, o desenvolvimento da inteligência vá sendo enriquecedor.
Em razão, ao texto escrito do artigo apresentado é que o concluo com um ‘pensar’ na Pedagogia da Amorosidade, numa exigência de se pensar em propósitos e desafios para uma sociedade que desejamos construir.
É pensar numa Pedagogia da Amorosidade, como uma poética existente na figura humana do educador e num olhar amigo do educador para uma aprendizagem com fortes elementos essenciais, enfrentando os obstáculos, como oportunidade de construir inéditos viáveis. E, esses inéditos viáveis podem ser construídos a partir do comprometimento com a prática educativa, da formação continuada, das experiências vivenciadas na escola, aonde todos vão as buscas de um mundo melhor, mais humano, com mais amorosidade para todos, numa verdadeira construção de Paz.
O amor é uma tarefa do sujeito. Ele é uma intercomunicação intima de duas consciências que se respeitam. Não há educação sem amor.
A partir dessa compreensão aplicada na Pedagogia da Amorosidade todos serão autores de suas historias fundadas na autonomia, na amorosidade e na esperança, anunciando a construção da Paz e da possibilidade de transformação do Mundo.
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