sábado, 9 de julho de 2011

EDUCAÇÃO DE FILHOS: LIMITES COM AFETIVIDADE


O Brasil é um país que se vale de muitas leis pra tentar educar seus pátrios. O ato de educar bem os filhos está intimamente ligado a posturas e ideias que no Brasil são culturalmente desconsideradas. Temos uma nação extremamente hierárquica, onde os mais fortes tem acesso ao direito e ao domínio e os mais fracos se sujeitam num estranho mais explicável posicionamento de subordinação cega. Na estória recente temos a nossa experiência de dominação militar, uma tentativa criminosa de impedir todo e qualquer questionamento, atitude esta que vira e mexe tende a surgir no meio político em projetos que tentam censurar a imprensa.


Assim nossa cultura é proibir e dominar através de regras que vão se somando numa infinidade de leis que na maioria das vezes nem se cobra. O nosso lema é “proibimos pra depois educarmos”. Quais dos antigos nunca apanharam primeiro pra depois descobrirem que tinham errado em algo que não lhes tinha sido proibido. Percebemos que nas famílias quanto no estado brasileiro, a lei é a assunção da falta de autoridade.


Então como os pais podem se livrar desse “carma” cultural da falta de modelos pra educarem e colocarem limites nos seus filhos de forma afetiva e correta.


Sem a intenção de dar receita de bolo, queremos colocar algumas questões:


Em primeiro lugar priorizar uma organização familiar – A criança precisa de um ambiente estruturado em tudo, horário, responsabilidade compartilhada, e clareza de obrigações e direitos.


Em segundo lugar um clima afetivo onde a escuta é pra além da fala – A criança precisa aprender a se expressar e ser compreendida nas suas demandas.


Em terceiro, tempo de qualidade – Sem tempo de qualidade a criança fica sem modelos afetivos que as orientem. Aceitar limites está muito ligado aos modelos afetivos, quanto mais uma criança respeita, mas ela ama e vice versa.


Em quarto lugar a criança precisa sentir um verdadeiro interesse dos pais por elas – Não se mente bem pra crianças. Nossas atitudes falam mais que mil palavras, se não houver interesse real pela criança ela perceberá e resistirá a qualquer colocação de quem não as respeita.


Os pais precisam vencer o passado e não tentar compensar o seu sofrimento com os pais na criação dos filhos, isso é agir por carências mal resolvidas o que só vai gerar problemas. Então pra alcançar sucesso nesse desafio de educar os filhos, os pais deverão observar alguns pontos como:


- Ambiente Organizado


- Valorização e foco nos acertos e atitude corretiva nos erros


- Disposição de explicar as formas e os porquês


- Presença afetiva


- Limites claros a partir do diálogo em relação às regras


- Participação dos filhos organização e escolhas do lar.


As regras e os limites são muito importantes na família, mas só funciona e tem coerência num ambiente afetivo-relacional, onde a consciência é respeitada a partir da valorização da consciência dos porquês.

Rhone Giullian

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